quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quando uma pessoa vira um alguém.


Eu costumava perguntar o que realmente era um alguém para as pessoas. Alguém ás vezes parece vago demais, mas eu vejo como algo de importância demasiada. Existem milhares de pessoas no mundo e com certeza você não sabe quem são, são apenas rostos ali jogados, na multidão. Mas cada uma dessas pessoas, que pra você são apenas simples pessoas mesmo, carregam seus sonhos, suas dúvidas, seus prazeres e seus desgostos. Esse rosto que se encara desconhecido pra você e completamente esquecível é um alguém importante pra alguma outra pessoa.
O que sempre parei pra me perguntar foi quando é que a gente olha pra uma simples pessoa e percebe o quão importante ela se tornou. Quando foi que ela virou alguém. Eu de fato não soube responder, isso acaba por ser pessoal. Cada pessoa tem seu tempo, cada pessoa forma o seu alguém.
Foi analisando esses pensamentos, inúteis ás vezes eu confesso, que eu analisei os meus "alguém". E realmente não havia formula, nem sentido. Não existia nenhuma pré seleção. Pessoas são assim, sem formulas e sem padrões, embora ás vezes muito previsíveis. Cada um com seu jeito, sua característica, sua doação ou a falta dela.
Acho que é assim que uma pessoa vira um alguém. Gostando de cada característica. Detestando metade delas. Querendo segurar a mão quando aquela pessoa chuta o balde sem pensar duas vezes. Admirando vê-la abraçar o mundo por causas inúteis, mas sinceras. Lembrar desse alguém quando se deparar algo que ela gostaria. Esquecendo dos seus aniversários. Acho que é assim que uma pessoa qualquer vira um alguém pra se amar. Assim mesmo sem razão.

Sandy Quintans

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