sexta-feira, 21 de maio de 2010

Between us.


A: O que vai ser hoje?
B: Ser o que?
A Qual vai ser a bobagem que você vai inventar sobre nós.
B: Eu não invento nada, é o que eu vejo.
A: O que vai ser?
B: Não tenho nada pra te dizer hoje.
A: O que você tem?
B: Estou cansada
A: De que? Você não faz nada...
B: De você, da tua indiferença.
A: Eu que deveria estar cansado de você
B: Por que?
A: Porque você sempre inventa bobagens.
B: Se tudo que te digo é bobagem, me deixe. Não te quero se for pra ser assim.
A: Eu não quero te deixar.
B: Por que não quer?
A: Eu gosto de você.
B: Gosta de mim como?
A: Eu gosto tanto, a ponto de amar.
B: Então você me ama?
A: Eu amo você sim.
B: Por que nunca diz?
A: Porque não gosto
B: Não gosta de me amar?
A: Não gosto de dizer
B: Por que não gosta de dizer?
A: Para de ficar me fazendo perguntas
B: Então só me diz o por quê.
A: Porque é desnecessário.
B: Desnecessário por que?
A: Porque não estaria com você todos os dias se não te amasse.
B: É um bom motivo.
A: É o melhor que existe
B: Sou tão chata assim?
A: Sim, você é muito chata.
B: Chato.
A: Insuportável.
B: Eu amo você.
A: Eu sei.

Sandy Quintans

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Meios Amores.

Eu não gosto de coisas pela metade, coisas incompletas. Tenho a impressão de que os amores deste século são sempre pela metade. As declarações são constantemente seguidas de 'mas' e 'se'. Eu não acredito que pro amor exista condições. Deveria ser por inteiro, deveria ser sempre intenso.
As coisas começam já esperando pela hora de terminar, relações instantâneas. Você não precisa ficar procurando alguém pra ser pra sempre, mas isso não quer dizer que quando achar  tenha de esperar pelo fim. Talvez não vejam mais o prazer em se dedicar de verdade a alguém, a cuidar a ser cuidado. Talvez não existam mais duas pessoas em uma relação, talvez sejam apenas pessoas que se encontram ocasionalmente. Eu sei que posso estar equivocada quanto a isso, porém eu quero estar.
Eu queria ver amor fora da TV, fora das palavras, e fora das declarações. Eu queria poder ver que amor afinal de contas é coisa que existe pra ser recíproco. Que amor afinal de contas existe não apenas para ser dito e sim vivenciado.  Não quero vida pela metade, não quero vida na teoria. Quero ver o que diz sentir. Ver o que tanto acredito, o que tanto tenho certeza.
O fim não é próximo, embora não se saiba quando. Porque afinal não é por inteiro?

Sandy Quintans 

domingo, 16 de maio de 2010

Diferença.


Se tem uma coisa que eu não gosto são as coisas impostas, principalmente relações que alguém te impôs. Não é um saco gostar de alguém por obrigação? A sociedade, a mídia, seus amigos, sua família te dizem o que você tem que usar, o que você tem que vestir, como você deve se portar, como você deve existir, ou o que você escutar.
Nós temos que ser todo mundo? Todos iguais? Eu gosto das pessoas autênticas, que são o que são, independente do que está na moda. Independente do que seja diversão pra você. Independente do que você esteja querendo ouvir. Se podemos ter o livre arbítrio de poder ser o que a gente quer, melhor mesmo é usufruir desta liberdade. Os vizinhos, a revista que você lê, a banda que você escuta, o cara que está sentado do seu lado no ônibus, as pessoas que você encontra no shopping, pense quantas dessas pessoas vão realmente se importar com o que você quer. Qual a necessidade de agradar a quem não sabe quem você realmente é? Não é por que as coisas estão aí fáceis, que você não possa pensar ou decidir as coisas.
Eu simplesmente não entendo o por que existe tanta procura das pessoas querer se encaixar. Se encaixar ao que querem que você seja. Pra mim as coisas têm de ter um por que. Vou ouvir o que agradar meus ouvidos, vou defender quem tiver talento, vou conversar com quem eu realmente apreciar esta conversa, vou amar quem eu sentir que devo, e vou querer do meu lado aqueles que realmente querem estar lá. Eu não tenho medo de não ser igual a você, até porque se você for diferente, parabéns você brilha mais do que as outras milhares de estrelas iguais que existem no céu.
Sandy Quintans

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Sem medos.


É incrivel as influências que certas pessoas têm sobre a gente. Pessoas que a gente gosta em geral. Eu sei que ás vezes fazemos coisas para pessoas que a gente ama e não recebemos mérito ou nem um tipo de reconhecimento. Isso nos torna um pouco céticos sobre o gostar, ou até o amar.
Quantas são as pessoas que você conhece que são resistentes a isso? Muita gente reluta a gostar de alguém, ou quando conhece inventa todos os motivos pra não gostar, inventa quantos pretextos são necessários.
Ás vezes a gente diz que isso é medo de ser feliz, talvez até seja. Mas eu vejo isso como o oposto. Isso é medo de ser infeliz. Medo de se dedicar a alguém que não corresponda. Medo de se desgastar. Medo de perder seu tão precioso tempo.
Pra mim felicidade é algo que tem que existir independente de qualquer coisa ou pessoa.E que suas atitudes devem pricipalmente te fazer feliz. E se você se dedicar alguém te fizer feliz, por que você teria medo?
O que vier depois vai depender de você, porém o que vier que seja pra agregar. Tanto se for bom ou ruim. Eu sempre digo que todo mundo um dia tem que quebrar a cara, passar por alguma dificuldade. A gente não dá valor a coisas boas se não souber como são as ruins. É assim que se aprende que o que é bom é bom, e o que for ruim é ruim.
Chega de ter medo de ser infeliz.



Sandy Quintans

terça-feira, 11 de maio de 2010

Bem pra você também.


É incrivel a nossa capacidade de resolver os problemas alheios. De Aconselhar, e de desfazer. Quem dera fossemos assim com os nossos próprios problemas. Eu não sei dizer se essa habilidade está ligada ao fato de gostarmos do próximo, ou se é apenas habilidade em se meter no que não é da nossa conta. Eu prefiro pensar que somos bons seres humanos. Talvez seja só pelo fato de não estarmos envolvidos. É mais dificil quando as consequências sobram pra nós mesmos.
Afinal de contas isso é falta de amor próprio? Eu sempre pensei que amor fosse algo que tivesse que existir, de brotar, de dentro pra fora. Se nem se quer nós mesmo nos amarmos, por que outra pessoa o faria? A gente tem que fazer o próximo se perguntar afinal de contas por que você merece ser amado. Por que está radiante, por que está assim, tão feliz. Talvez a gente devesse usar dessas habilidades de aconselhar o próximo pra guiar a nós mesmos. Eu não falo de egoísmo. Eu falo de fazer o bem a si mesmo.
Eu sei que é bom quando enxugam as nossas lágrimas, quando alguém cuida de nós e nos dá colo. Eu sei que é bom. Mas qual é a razão para termos nos acomodado a isso? Talvez dependencia só deva existir de quem realmente valha a pena. De quem te quer bem de verdade, de quem te fizer feliz. Talvez seja melhor não deixar que dependencia seja associada a vunerabilidade. Deixem que cuidem de você por opção e não por obrigação, Só porque toda obrigação é chata.
Cuide de você mesmo quando for necessário. Deixe que cuidem de você quando valer a pena. Afinal por que você merece ser amado?

Sandy Quintans

sábado, 1 de maio de 2010

Entre espaços.


A: Existe espaço, né?
B: Claro, olha as estrelas.
A: Não tô falando de espaço sideral.
B: Tá falando de que então?
A: De espaço entre as pessoas.
B: Ah. Aonde tá o espaço?
A:Entre as pessoas. Entre nós dois.
B: Por que?
A: Porque alguém sempre tem que gostar mais.
B: Eu gosto mais de você do que você de mim.
A:Eu sei. É o espaço.
B: Sou a parte mais fraca?
A: Depende do ponto de vista, ao meu ver você é a parte mais forte.
B: Por que acha isso?
A: Porque você foi forte o suficiente pra se deixar permitir me amar.
B: Mas e se você me deixar?
A: Eu não vou te deixar.
B: Agora eu me sinto a parte fraca da corda.
A: Eu não vou te deixar.
B: Você é tudo o que eu quero.
A: Eu não vou te deixar.
B: Por que me apresentar o espaço então?
A: Porque ele existe.
B: Você quer me deixar?
A: Um dia. Mas não hoje.
B: Então vamos aproveitar o que nos restar.
A: Eu disse que você era a parte forte da corda.
B: Não se preocupe, no fim a corda vai arrebentar pra mim.