sábado, 28 de fevereiro de 2015

Cinco dias


Quando era adolescente tinha um pouco de pavor quando me diziam que já namoravam alguém há cinco anos. Tinha o pensamento instantâneo de desperdício de tempo. Cinco anos na adolescência é como anos em vida de cachorro: tempo demais. Nos primeiros cinco da nossa vida é o ciclo que vivemos entre ser um bebê e se tornar criança. Uma diferença de eras. Agora, nós completamos cinco anos e tenho de dizer que imaginei pratos atirados, lágrimas demais, felicidade de menos.

Parece que foram cinco meses. Ainda sinto aquelas borboletas no estômago. Ainda sinto aquela vontade de estar o tempo todo juntos. Mas também sinto aquele sentimento parecido ao de estar em casa. De conhecimento, de como ser uma só coisa. Sinto a urgência de tonar nossas vidas em algo único, como quase ela já é. Como se cinco anos fossem apenas cinco dias que se passaram, quando comparado ao resto de nossas vidas. É apenas o começo de tudo. 

Sandy Quintans