quarta-feira, 29 de julho de 2009

New Moon.


[...]
"Proibida de lembrar, com medo de esquecer era uma situação limite.
Corri para meu quarto, deitei na cama alguns minutos depois, resignada enquanto a dor finalmente resolva aparecer. Era paralisante, aquela sensação de que um buraco imenso tinha sido cavado em meu peito e que meus órgãos mais vitais tinham sido arrancados por ele, estando apenas sobras, cortes abertos que continuavam a latejar e a sangrar, apesar ao passar do tempo. Racionalmente eu sabia que meus pulmões ainda estavam intactos, e no entanto eu arfava e minha cabeça girava como se meus esforços não dessem em nada. Meu coração também devia estar batendo, mas eu não conseguia ouvir o som de minha pulsação. Eu me encolhi, abraçando as costelas para não partir ao meio. Lutei para ter meu torpor, minha negação, mas isso me fugia.
E no entanto , achei que podia sobreviver. Eu estava alerta, sentia a dor - a perda dolorosa que se irradiava de meu peito, provocando ondas assustadoras de dor pelos membros e pela cabeça - mas era administrável. Eu podia sobreviver a isso.
Não parecia que a dor tivesse diminuido com o tempo, na verdade, eu é que ficara forte o bastante para suportá-la. O que quer que tivesse acontecido naquela noite - e que tenha sido responsabilidade dos zumbis, da adrenalina, ou das alucinações - tinha me despertado.
Pela primeira, vez em muito tempo, eu não podia e nem sabia o que esperar da manhã."

[...]

Stephenie Meyer

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