De alguma maneira que não sei explicar, pensei por instantes, meses e dias que estava imune a certas questões da vida. Coisas que são comuns às outras pessoas e que pra mim já era página virada. Minha vida, meus sentimentos e aprendizados me fizeram aceitar que certas coisas não era pra mim. E que tudo que um dia havia me apunhalado o coração, tivesse feito com que as cicatrizes me transformassem e até mesmo me aceitasse de uma outra maneira.
De fato, sempre foram coisas comuns, que acontecem com todos. Mas ao contrário da maioria, ou do que se espera apesar de óbvio, eu reagi de outra maneira aos tropeços. Como gosto de dizer, apesar de me sentir apenas mais uma em meio a multidão, sei que exergo alguns detalhes. Não de um jeito especial, apenas diferente. Mas como tudo na vida, eu estava errada. O quarto vazio, no final das contas, me causava reação. O medo de perder também. As roupas que antes caiam, agora apertavam. Agora, o que antes era certo se tornava avesso.
Abril me deixou vulnerável. Os dias deste outono me mostraram que eu havia esquecido antigas lições. Aquelas que um dia me orgulhei. E agora, aos pequenos passos caminho procurando novamente um a zona de conforto. Sem explicação. Sem razão. Sinto que se alguém assoprar, eu caio.
Sandy Quintans
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