Acordei cedo. Fiz tudo como de costume, mas sabia que apesar de ser só mais um dia, seria único. Aqueles passos que fiz nos últimos sete meses, seriam os últimos a serem dados desta maneira. Borboletas voavam intensamente em meu estômago. E tudo o que eu queria, era uma solução. Cansei de deitar a noite e pensar que queria acordar em outras condições. Eu queria mais.
As três conduções. A música no ônibus. O pasto do caminho. Era só mais um dia de trabalho, exceto que era o último desta aventura. Independente dos motivos, eu havia tomada uma decisão. E precisava dizer isso, a pior parte.
Eu não sei o que aconteceu. Se nasci assim, ou se foi um defeito de percurso. Mas eu sou péssima em me comunicar verbalmente. É triste. Principalmente se você decidiu seguir a carreira na área de comunicação, isto é, jornalismo. Mas as palavras travam em minha mente e não conseguem mais sair de lá. Como cadeia. Como amnésia. Como coisas que não devemos falar. Mas saiu, não como esperado. Mas saiu com um susto. E como de costume, as lágrimas. Ainda que controladamente.
O final foi um alívio. E uma pulga, bem atrás da orelha. E inevitavelmente olhei pra dentro de mim e me perguntei o que havia de errado comigo. Não descobri. Mas conclui.
Sandy Quintans
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