Quando eu tinha cinco anos, eu estudava na melhor escola do mundo. Nessa época, estava no infantil, que era a série que vinha antes do Pré e depois do Maternal. Gosto tanto desse tempo, que quando escuto músicas que meus pais ouviam nessa época, eu me ponho a chorar de saudade. Acho que nunca vou ser tão feliz assim.
Nessa escolinha, que ficava em frente a minha casa, bem do outro lado da rua, cada turma tinha a sua salinha. A minha era uma bem grande que tinha um calendário em forma de circulo na parede. Ah! Esse calendário nunca me saiu da memória. Era um circulo, com um buraco no meio, cheio de divisões. Doze pra ser mais precisa. Cada parte do relógio era um mês, colorido e cheio de desenhos.
Foi assim que aprendemos a descobrir os meses. Em forma circular. A entender que janeiro é o começo e dezembro o fim. Que junho e julho dividem o meio. Que até março eu passo calor e que em agosto termina o frio. Que maio era o mês do papai. Que setembro era o da mamãe. Que dezembro era o meu mês ou o mês do Natal. É incrível como algumas coisas nos marcam.
Desde os dias em que aprendi os meses assim, a visualizar o ano em forma de círculo, eu nunca deixei de imaginar o ano assim. Saiba que quando falamos de tempo, é aquele círculo que vem a minha cabeça. Nenhum só dia da minha vida eu parei de ver o ano assim, como um círculo. Até mesmo hoje, dezoito anos depois.
Uma música que me faz lembrar esse tempo.
Sandy Quintans
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