sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Singularidade Coletiva.


Minha revista preferida me avisou: todo mundo é único. Mesmo assim não entendo. Estamos juntos todos os dias. Ouvimos os mesmos sons. Lemos os mesmos livros. Dividimos as mesmas aulas. E continuo só, no meu próprio mundo. Não pela minha capacidade de autossabotagem apenas, mas pela total capacidade de visão da humanidade. Se acostumaram a viver vedados e com a impossibilidade de enxergarem aquilo que para mim é completamente transparente.
Mesmo entendendo nossas diferenças e singularidades dos humanos, continuo insatisfeita. Aquilo que todos querem, me parece inútil e desnecessário e vejo. Vejo que continuam a considerar ideal. Por que não quer mais? Por que se satisfaz com o mínimo? Por que não FAZ muito mais? Quero muito mais pra você do que pode querer por mim. Piedade por saber que é capaz de muito mais.
Olhe pra frente. Presta atenção em tudo isso que está claro, mas não vê. Não me faça mais pensar que tudo é perdido. Não me faça pensar que vocês são apenas a correnteza desta massa falida. Não me faz pensar que podem mais, mas que optaram por ser o menos.

Sandy Quintans

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