sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A falsa magra.


Hoje em dia me permito muito mais. Mais do que isso me permito falar. Por muito tempo isso não foi normal pra mim, sempre fui quieta. Nos tempos falantes ou nos tempos quietos, uma coisa sempre foi característica minha imutável, sinceridade. Tenho uma língua um tanto afiada, falo de mais. A parte chata é que falo a verdade, mas acho que todo mundo deveria ser assim. Por outro lado acho isso irônico.
Sabe aquela história de falsa magra? Então eu acredito que sou dessas pessoas. Parece que é , mas na verdade não é. Quando conto para as pessoas que doei sangue a primeira pergunta que me fazem é se tenho mais de 50 kg pra isso. Sim, eu tenho. 
Além de me considerar falsa magra, apesar de ser magra, também me considero falsa alta. Quem me vê em fotografias e depois me vê pessoalmente sempre diz:
"Pensei que fosse mais alta"
Eu causo essa impressão nas pessoas. Isso é porque tenho pernas longas.
Além disso também sou falsa inteligente. Eu sou inteligente, mas sou bem menos inteligente do que pareço ser. Quem me vê, sempre vê que estou com alguma coisa pra ler, textos, livros, revistas. Adoro ler, mas ás vezes sinto que tenho problema pra guardar informações. Ou falta de atenção mesmo. Não consigo falar sobre nada de verdade sem ser sobre eu mesma.
E em meio a essas falsidades, o que mais sei dizer são sinceridades. Em sua maioria ácidas sinceridades, das quais a maioria das pessoas preferiam que ficasse quieta. Em meio a essas falsidades é a falsidade que menos conta.

Sandy Quintans

Um comentário:

  1. Parece que eu estava lendo um texto meu!
    Hahahah
    Sim, sou meio falsa alta, falsa nerd e sincera e assumida sincera. Sincera a ponto de ser chamada de ácida. Mas ainda assim, prefiro ácidas verdades a doces mentiras.

    Beijo

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